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Foto: Pedro Piegas (Diário)
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Durante sua visita a Santa Maria, o governador Eduardo Leite (PSDB) saiu pela tangente quando foi perguntado pela colega Michelli Taborda se a Faixa Nova de Camobi será incluída na concessão de pedágios para ser duplicada. Leite voltou a admitir que, inicialmente, não haverá a inclusão na licitação, pois, para isso, seria preciso refazer todos os estudos técnicos sobre pedágios e duplicação da RSC-287, o que atrasaria a concessão. Mas para amenizar a situação, usou da estratégia de deixar uma esperança no ar, dizendo que trabalharia para a inclusão futura da Faixa Nova no trecho pedagiado.
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O governador deu a entender que levaria adiante a ideia apresentada no mês passado pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) de oferecer à futura concessionária a possibilidade de, se quiser, duplicar a Faixa Nova para destravar o trânsito de passagem por Santa Maria e tentar captar mais veículos vindos da Fronteira Oeste para o trecho pedagiado. Porém, é muito difícil que alguma concessionária invista pelo menos R$ 30 milhões para duplicar os 9 Km da Faixa Nova só para ter esse retorno. Precisaria haver estudos que comprovassem valer a pena esse grande investimento. Por isso, é improvável que essa ideia saia do papel.
Outra ideia seria fazer aditivo
Na sexta, o presidente da Cacism, Rodrigo Decimo, sugeriu outra ideia diretamente ao governador Eduardo Leite (PSDB) e ao chefe da Casa Civil, Otomar Vivian. Decimo propôs que fosse avaliada a chance de incluir a duplicação da Faixa Nova como aditivo no contrato com a concessionária em troca de prorrogação do prazo de concessão por mais dois ou três anos. Uma fonte da coluna no governo do Estado afirmou que, a princípio, a atual lei não permite prorrogação de prazos. A única forma seria se a legislação fosse alterada.
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Na minha opinião, foi um grande erro inicial, ainda no governo Sartori, ter feito todos os estudos para concessão da RSC-287 sem incluir a Faixa Nova, pois é notório que o governo do Estado não terá verbas para duplicar o trecho por conta própria - existe chance remota via verbas da Cide.
Se a Faixa Nova estivesse no projeto de concessão, seriam só R$ 30 milhões a R$ 40 milhões a mais de investimento, de um total de R$ 1,5 bilhão previstos para duplicar os 204 km do trevo do Aeroporto de Santa Maria até Tabaí - ou seja, isso impactaria pouco na tarifa e resolveria um grande gargalo não só de Santa Maria, mas de quem precisa atravessar o Estado e passar por aqui.
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Além disso...
Pelo visto, será preciso seguir uma grande pressão de políticos e de entidades empresariais de Santa Maria e região para que a Faixa Nova seja duplicada. Se não houver uma cobrança dura e incessante, ficaremos mais quantos anos enfrentando os congestionamentos? O pior é que eles só tendem a se agravar. Se a concessão da RSC-287 começar em 2020, como previsto, e não houver nenhuma perspectiva concreta de duplicação da Faixa Nova, ficará uma situação desconfortável para o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) justamente em ano eleitoral, pois ele é do mesmo partido do governador e, em tese, teria mais condições políticas de ter convencido o Estado a duplicar esse trecho da rodovia. Isso poderá ser usado contra Pozzobom na campanha eleitoral do ano que vem, assim como o Hospital Regional, se ainda estiver sem leitos.